1992

Mais um número, uma nova vida talvez.  22 anos!

Eu queria poder dizer que tive grandes conquistas durante todo esse tempo e que agora poderia cumprir o resto que me falta feliz e despreocupada.

Seria o grande mistério da vida, completar mais um ano e perceber que ainda se encontra num estado que preferia ser levado no colo igual a uma criança. Manter o espírito jovem é o conselho que todos dão, mas você vai cansando de ser um pouco chato e conquistar as coisas no impulso. Ai você vai ficando careta e mais careta e percebe que mesmo sendo assim, ainda não correu os riscos que deveria, ou fez tantas outras coisas que queria.

As pessoas vão sumindo, os sonhos vão mudando a direção, alguns até perdem eles por falta de tempo, e o tempo é quem regula o que você deve ser. A idade é um fardo que a gente carrega pra dizer como mais ou menos é. Tanto que depois de um tempo a gente até se envergonha de admitir quantos anos tem, por medo de que nos achem velhos e ser velho parece não ser tão legal.

Mas paro por aqui citando os trechos da música do Aplhaville que não sai do meu pensamento em junho: Forever young, I want to be forever young. Do you really want to live forever? Forever, or never!