A pior dor é aquela que não dói. É um ardor simultâneo, que oculta o foco do problema. Aquela sensação tipo ânsia de vômito que nem sai nem fica. A gente força, cospe, corre pro banheiro e não sai nada (nem alivia) “Dizem que, quando a gente tá com muita dor, deita em posição fetal”- zumbia na minha cabeça as palavras da minha amiga quase enfermeira. Deitei, né? Eu sei que ela se referia à dor de barriga, de cabeça e não sei mais o quê, mas eu duvido existir dor pior que essa. Não passou! Eu gemia e apertava forte um travesseiro de fronha marrom. Marrom, sem vida porque já basta uma cabeça tão frenética repousando sobre ele. TIC TAC. O tempo corre, o medo aumenta.
Texto por Renata Linard, 19 anos, estudante de Jornalismo e dona da página "O que Brotou das Dores".
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