terça-feira, 27 de janeiro de 2015

Texto: Eu



Fonte: www.tumblr.com

Eu tenho tanta vontade de te falar sobre o que eu sinto, que temo afogar-te em meio a tanta sentimentalidade. Eu quero tanto te agradecer por teres me lembrado o bom da vida, que morro de medo de você enjoar a minha voz incessante e a minha risada desentoada. Eu tenho tantas dores empalhadas nesse coração aqui, que vez por outra preciso transbordá-las para guardar bem teu amor. Não quero chover em ti, não quero te nublar (e você não sabe o medo que tenho de acinzentar teus dias)! 
De todas as frases, besteiras, conceitos, opiniões e textos desconexos que falo, saiba que você é o que de mais bonito me invade e que eu nem sei como falar... Minha bagunça, meu tumulto, minha correria, minhas mágoas, meus impulsos e tudo mais que compõe esse meu desarranjo ambulante amam cada pequeno detalhe teu, cada imperfeição tua me é perfeita! Deus me recompensou bem as minhas noites em claro, as minhas lágrimas pesarosas e os meus dias "infindáveis". Meu coração costuma falar baixinho, não sei porque e, vez por outra, minha cabeça caótica me afeta, me cansa, sabe? Mas, quando eu tô contigo, meu inquilino do lado esquerdo do peito vibra, sossega e impera aquela paz de tal forma que tudo mais se vai, voa, perde a força! "É ele e nada mais vai impedir!" - Susurra ele com uma segunda voz de Deus e tudo já não me aflige.



Texto por Renata Linard, 19 anos, estudante de Jornalismo e dona da página "O que Brotou das Dores".

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